quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

4 semanas...

Eu queria deixar esta mensagem para aqueles que compreenderem. Os demais, podem ignorá-la ou tentar arriscar alguma destas linhas.
Deixo a critérios.


4 semanas foi o tempo que eu concretizei o pior dos caminhos.
Em exatamente 1 mês eu fui capaz de me entorpecer, de me encher daquilo que mais repulgnava.
Eu condenava tudo o que fiz. Fui capaz de cometer tudo o que considerei errado, TUDO O QUE CONSIDERO ERRADO!

Eu me deixei invadir pela água putrefa que corre pelo mundo. Bebi e me afoguei nela.
Seu efeito é quase o mesmo em todos. Exceto pelo comportamento irraciona, que pode variar de cada alma, a superioridade e a ânsia por poder está tão impregnada em cada gota como um tumor no corpo. Sim! É um tumor que cresce e mancha tua alma, inunda teu âmago de topor, rebeldia, da ganância e da luxúria.
Você condena a todos e está pior, mais doente, que eles.
Eu cometi todos os erros citados, todas as falhas mundanas.
Se estou intacta fisicamente, estou destruida em espirito.
As cores ficaram tão cinzas sem que eu percebesse. Estava cada vez mais escuro e tão dificil de respirar que eu morreria cega e sem ar antes de perceber.
Mas assim como as trevas entravam em mim, elas saiam para infectar o resto do mundo e atrair mais de si para mim.
Desta forma tudo que lhe pertencia passou a me pertencer. E assim eu me cercava dela como ela se cercava de mim.  Eu me rodiei das sombras, dos inferis e frios que podia. Eu me cerquei do que ela me despertou e minha alma pedia. Me cerquei de Morte.
Estava tão emergida em sua escuridão, tão cercada de teus braços que qualquer esforço tornava-se um grito abafado de inexpressão.
Cega, convencida pela ambição e tomada pelo topor eu era escrava dela em meio ao que me manipulaa uma "liberdade".
Mas assim como quando se cai em um poço e tenta levantar-se, assim como existe uma luz - mesmo que turva - no fim do túnel, existe formas de se acordar, de salvar-se.
Quando Deus quer nos mostrar alguma coisa, ele pode mandar até mesmo aquele que nos foi designado para destruir nossos castelos.
Há dois dias eu pude finalmentte nadar pela água negra. Há dois dias eu respirei.
Para isso eu precisei realmente abrir os olhos e ver a face do meu medo refletida em um pal de amendoas e mel, com cheiro adocicado que instigava-me tanto pela parte que clamava vida quanto pela que me queria no fundo daquele lago negro.
Ambas reagiram ao frenezi que me provocou. Uma, como os frios, queria provar aquilo que me parecia tão doce. A outra o queria terno em suas veias, para admirá-lo em seu harmonioso conjunto.
Em fim, meu corpo reagiu a peça de meu inimigo. Minha alma agitou-se com o inesperado combate e com o encontro daquele instrumento.
O mengaseiro me provocou - como era de se esperar - me fazendo não ter respostas válidas a mensagem.
E mesmo que pareça que perdi, eu ganhei mais do que tudo.
Eu ganhei a vontade de viver. Recuperei-a, na verdade.
Agora sei do que sou capaz e prometo estar pronta da próxima vez.
Porque uma vez que se bebe desta água, conheçe seu gosto.
Sou grata ao universo por acordar, até mesmo meu inimigo foi capaz de surgir para me ajudar.


 
Quanto a "peça", eu sinceramente espero que ela não esteja tão mal assim, já que uma ação dessas é capaz de destruri tudo que toca.
Mas se algum dia encontrá-la eu juro não ter ódio nem qualquer outro sentimento repulgante.
Pois assim como o Amor me ama desde que existo como energia, eu o amo como parte da minha real LIBERDADE.

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