segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Silence


Negro céu pela chuva se faz
Negro o luto é por fora
E por dentro
Negro é a cor que se tingem os insanos
Pois escuro é seu peito

Escura noite fria
O gelo que me toma por completo
Afasto os maus pensamentos
Mas não me fecho em contos e afeto

De escuridão e solidão
Eu me encho
O topor é meu alento
O veneno de meus momentos

O ar pesado se faz
E mais sombrio se torna meu olhar
Me atiro ao mundo sem palavras
De novo me vejo sem rumo

Nem lágrimas
Nem chuvas celestiais
Nada cessa meu sentimento
Cada dia mais eu morro
Me encontro entre tormentos

Fantasmas somam-se ao montes
Seus espectros estão em minha memória
Suas palavras cravadas em minha carne
Enchendo minha alma com suas pragas

Em meio as falsas faces
A tentativas fúteis de viver
Enceno o bom teatro
Com a máscara que encobre meu ser

No fundo, sou humana
Tão real quanto qualquer outro
Mas fechada em meu triste mundo
Em meu silêncio
Eu simplesmente sofro




Nenhum comentário:

Postar um comentário